segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Doenças Sexualmente Transmissíveis – DST

Doenças Sexualmente Transmissíveis ou DST são patologias que você pode adquirir através de relações sexuais (vaginal, anal ou oral) com indivíduos contaminados.
Quais as complicações
Quando uma DST não é bem medicada pode causar inúmeras complicações:
• Esterilidade (infertilidade) em ambos os sexos;
• Gravidez ectópica (gravidez nas tropas);
• Maior propabilidade do surgimento de alguns tipos de câncer no útero, pênis e ânus;
• Nascimento de criança prematura, com lesões orgânicas ou falecimento fetal.

As enfermidades venéreas e qualquer outro tipo de doença trasmitida pelo contato sexual são considerados doenças sexualmente transmissíveis (DST). Este conceito foi ampliado, com a inserção de alguns problemas de pele e enteropatias, porquanto se constatou que o contato sexual tem vasta influência na transmissão dessas doenças.
Por certo tempo, as DST deixaram de ser alvo de preocupação, pois, com o aparecimento dos antibióticos (principalmente a penicilina) o tratamento da maior parte delas ficou bem mais fácil. Contudo, nos últimos anos, a ocorrência dessas doenças voltou a aumentar e elas tornaram-se novamente motivo de preocupação. O surgimento da aids clamou a atenção da sociedade para isso, e atualmente, as DST são consideradas pela Organização Mundial de Saúde um problema de saúde pública que atinge o mundo inteiro.


Principais Doenças Sexualmente Transmissíveis



Sífilis ou Lues ou Cancro Duro: É transmitida durante o ato sexual com um parceiro infectado. Ela é causada por um treponema (um tipo de micróbio) que passa através de alguma lesão da pele ou da mucosa (mesmo que essa lesão seja imperceptível aos nossos olhos). Em três semanas, surge uma ferida de bordos elevados, conhecida como cancro duro. Ela é contagiosa e desaparece em três semanas. Porem se não for tratada, pode causar o alastramento da doença, fazendo, fazendo surgir, após 6 semanas, outras lesões na pele e na mucosa. Todas essa feridas desaparecem sozinhas, mas causam um agravamento da doença, levando a um quadro preocupante de sífilis tardia. Se não for tratada, a doença pode afetar o sistema nervoso central, os ossos e o coração.
Quando a sífilis atinge uma mulher grávida, pode causar sérias lesões ao feto, como problemas de pele, icterícia, doenças no cérebro, no baço, no fígado, nos ossos e nos dentes. Pode também levar ao aborto, morte do feto na útero ou ainda retardar o crescimento do feto.



O diagnóstico da sífilis é feito sempre através de consulta médica e de exames de sangue. A doença é combatida com determinados antibióticos, tratando-se também o parceiro. É muito importante procurar um médico, ao notar qualquer sintoma, pois a sífilis pode estar associada a outras DST.

Gonorréia ou Blenorragia: Gonorréia é causada pelo gonococo, uma bactéria extremamente resistente. Mais de 90% das mulher desenvolvem a doença depois de contato com um parceiro infectado. Em geral, os sintomas começam a surgir após 2 a 6 dias e o quadro típico é febre, lesões na pele, inflamação na uretra e artrite. Em cerca de 15% das pacientes a doença evolui, a ponto de comprometer as trompas, formando abscessos (grande quantidade de pus) na região pélvica. Em geral, a gonorréia provoca esterilidade em 15% das pessoas, após ter contraído a doença pela primeira vez, em 36% após a segunda vez e em 75% após a terceira vez.
O diagnostica é feito pro um médico, através da analises de exames laboratoriais, onde se identifica o gonococo. A gonorréia pode estar associada a outras DST, que precisam ser diagnosticadas e tratadas. O tratamento é feito com antibióticos, indicados para cada caso; e o parceiro também deve ser medicado.



Condiloma (HPV): É a designação genérica do Papilomavírus Humano. Outros denominações como condilomatose, condiloma acuminado e crista de galo também podem ser usadas. A exemplo do herpes, o condiloma tem períodos de latência (remissão) variáveis de um indivíduo para o outro. Causam lesões verrugosas, a princípio microscópicas e de difícil visualização a olho desarmado, que vão lentamente crescendo como lesões sobrepostas umas às outras, formando a designação popular de crista de galo. Podem chegar, em indivíduos com higiene precária, a lesões coalescentes e grandes como a palma da mão de um adulto. Seu contágio é quase que exclusivamente sexual (gênito-genital, oro-genital ou gênito-anal) e sua manifestação depende da imunidade do contaminado.



O diagnóstico faz-se por penoscopia direta (coloração especial que tinge as lesões condilomatosas quando presentes) e sempre que possível, biópsia para confirmar-se a suspeita clínica. Uma vez diagnosticado o condiloma, o tratamento é quase sempre cirúrgico por uma destas modalidades: eletrocauterização ou eletrofulguração, que consiste em queimar as lesões ou a exerése das lesões que serão mandadas para exame anatomopatológico, fazendo-se assim a biópsia e o tratamento ao mesmo tempo. Muitas vezes os dois métodos são utilizados em conjunto, nas lesões extensas. A cauterização química com ácidos orgânicos que também queimam as lesões, têm uma série de contra-indicações e complicações.
O portador de condilomatose deve ser alertado para a possibilidade de recidivas após os tratamentos, como se lesões latentes esperassem a hora certa para aparecer. Não raro estes clientes terão repetidas sessões de terapia. Também é importante salientar que no homem o condiloma é apenas uma lesão esteticamente feia, mas na mulher é precursor do câncer de colo do útero, uma doença grave. Portanto, tratar o homem é prevenir uma complicação séria para a mulher.

Herpes: Os vírus herpes simples (VHS) tipo 1 e tipo 2 são ambos da família herpesvirus humanos, a qual ainda inclui o citomegalovírus, o Epstein-Barr vírus, varicela zoster vírus e herpesvirus humanos específicos (Kaposi). A principal característica dos herpesvírus é a de produzir infecções latentes, potencialmente recorrentes. A latência se desenvolve a partir da sobrevivência do material genético do vírus dentro de células hospedeiras, sem produção de partículas infectantes.
A infecção genital pelo VHS é adquirida a partir do contato de superfícies cutâneas (pele) ou mucosas genitais com os vírus infectantes. Sendo um parasita celular obrigatório (é desativado pela perda de umidade à temperatura ambiente), é pouco provável que se transmita por aerossol (gotas microscópicas) ou fômites (peças de vestuário íntimo, assento do vaso sanitário, papel higiênico, etc.), sendo o contato sexual, orogenital ou genito-anal e gênito-genital, o modo habitual de transmissão. Acredita-se, a exemplo de outras infecções genitais, que o VHS penetre no corpo humano por pequenas escoriações (raspados) ou fissuras na pele ou mucosas, resultante do ato sexual. Após sua infecção, o VHS é transportado através dos neurônios (nervos), com isto podendo variar seus locais de recidiva. Na infecção inicial a gravidade das lesões será diretamente proporcional à imunidade da pessoa, disto também dependerá a freqüência e gravidade das recidivas. A pessoa que teve infecção anterior pelo VHS oral poderá ter uma infecção pelo VHS genital atenuada (menos grave) pela presença de anticorpos cruzados.



Não existe até o presente momento, cura para qualquer tipo de herpes. Todo o tratamento proposto visa aumentar os períodos de latência em meses e até anos. A partir de diagnóstico clínico e laboratorial, medidas higiênicas devem ser tomadas para o indivíduo e sua/seus parceiros sexuais. Em mulheres grávidas, maiores cuidados em relação ao feto devem ser adotados, mesmo que o diagnóstico não tenha sido na gestante e sim no seu parceiro sexual. Este, infectado, deve evitar o coito durante a gravidez ou fazê-lo de modo seguro.

Nenhum comentário: